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Turismo do estranho(prólogos)

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Mensagem  Ricardo Sato Dom Ago 12, 2018 9:53 pm

O campus walton é uma relativamente recente adição ao conjunto cultural de Manchester, situado a uma certa distância da grande metrópole mas não isolada dela é um lugar com um certo chame,um conglomerado conseguiu reunir sob a mesma bandeira a escola técnica Winslow, a faculdade Trivita, a escola de artes Malcolm 2° e o terreno circundante em um único campus que alcança a 4° posição como maior estabelecimento de ensino da grande manchester,ainda que seus detratores indiquem que boa parte do terreno é apenas colinas e bosques e seus apoiadores salientem o ambiente natural, perfeito para o lazer e para o recém fundado observatório.

A região atrai diversos turistas, desde os interessados nas áreas históricas onde as primeiras máquinas da revolução industrial foram colocadas para funcionar(novamente apoiadores e detratores),aqueles interessados em uma estada mais tranquila para a temporada de futebol e recentemente aqueles que buscam informações para o fenômeno ocorrido bem ali a não mais que seis meses....as luzes celestes.

Mas nada disso te preocupa muito não é...afinal em algum ponto desses seis meses você tem coisas maiores com que se preocupar,as coisas tem ficado estranhas,você tem ficado diferente não é mesmo....mas então o que aconteceu?



(escreva um prólogo,quem é você aqui no campus,que fenômenos estranhos tem ocorrido com você,como você tem lidado com isso)
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Mensagem  Lib Sex Ago 24, 2018 8:43 am

Sammuel caminhava pelo grande campo que margeava o campus. Mochila nas costas, fones nos ouvidos, celular na mão. Era um dia normal. Estava indo, como de costume, para seu "lugar especial". Uma pequena área de vegetação rasteira circundada por uma cerca viva de flores e árvores que exalavam um aroma de primavera o dia todo. Lá, todos os dias, ele sentava, estudava, trocava mensagens de SMS com a namorada (que não via há uns meses) e, de vez em quando, conseguia até cochilar. Era lá que Sammuel conseguia fugir do turbilhão de coisas que a sua vida sempre trazia. Seja na faculdade, seja nas Paradas de Orgulho, ou seja durante todo o seu projeto de voluntário.

Já estava, mais ou menos, na metade do caminho quando, entre uma música e outra, Sammuel ouvi um grito. Foi baixo e abafado, mas ele teve certeza de que ouviu. O som fez com que ele travasse. Ele tirou os fones e olhou ao redor. Tentando escutar de onde tinha ouvido o barulho.

????: Já falei! A gente não quer vocês aqui!

Lá estava! Uma voz. Estava baixinha, mas ele sabia que era agressiva. Correu na direção do som. Depois de uns segundos, não teve dificuldade pra saber de onde veio. Havia um grupo de pessoas aglomeradas em círculo. No centro do círculo, dois homens. Um caído e assustado, com traços típicos do Oriente Médio. O outro, de porte físico intimidador, um rosto quadrado e bem moldurado, com belos cabelos claros, avançava como um predador em sua direção.

????: Já te falei, Osama! - Gritou o homem loiro. - Não queremos seu tipo de gente aqui! Isso aqui não é campo de refugiados, volta pra Síria que é o seu lugar!

????: Por favor, Charles! - Respondeu o homem ao chão. - Eu não quero problemas.

Charles: Não fale meu nome, seu preto-do-deserto desgraçado! - Avançou furiosamente e chutou o homem caído, bem no estômago. - Você e sua corja de terroristas não são bem-vindas no meu país!

Sammuel olhou ao redor. As pessoas que observavam a cena, em sua grande maioria, estavam horrorizadas com as palavras. Estavam chocadas com a agressividade. Mas ninguém fazia nada. Ninguém tinha coragem de se manifestar. Ninguém queria se envolver. E, o pior: em meio aos rostos chocados coma violência, haviam aqueles rostos... Rostos que tentavam disfarçar mas que, no fundo, sorriam em concordância. No fundo diziam "isso aí, ensina uma lição pra ele!". Foram esses rostos que fizeram Sammuel sair do meio da multidão e entrar no círculo.

Sammuel: Para com isso!

Charles olhou para ele por um momento, depois seu rosto se contorceu em escárnio ao reconhecê-lo.

Charles: Ah, pronto! - Ele desdenhou. - A sapata veio defender o terrorista! - Ele agarrou a própria virilha, sacudindo-a pra cima e pra baixo por cima do jeans. - Eu tenho o que você precisa bem aqui!

Sammuel continuou olhando firme nos olhos de Charles, sem reagir aos comentários.

Sammuel: Deixa ele em paz, Charles!

Charles levou um segundo para reagir, depois largou a viriliza e colocou a mão no bolso, tirando de lá um canivete, que ele abriu com um movimento rápido.

Charles: Ou o quê?

A luz do sol refletiu na lâmina do canivete e pequenos suspiros de apreensão vieram das pessoas ao redor. Sammuel olhou para a multidão aglomerada, buscando alguém, qualquer um, que interviesse. O homem acabou de puxar uma faca e, ainda assim, ninguém fazia nada. Olhou de volta para Charles, que agora sorria ao perceber que atingira o ponto certo. Sim, Sammuel estava mesmo com medo. A situação fugiu do controle muito mais rápido do que ele esperava.

Charles: Tá vendo?! - Ele disse com um sorriso sádico! - É por culpa de bichas SJW como você que o país tá nessa merda. Nosso amigo terrorista ali - disse apontando para o jovem que ainda estava no chão. - é bolsista! Ele tirou uma vaga de um cidadão de bem! Só porque o país dele é fodido, eu tenho que ter pena dele? Esses imigrantes de merda vem para o nosso país, roubam nossos empregos, estupram nossas mulheres! - Charles para por um segundo e olha para Sammuel de cima à baixo. - Se bem que, se eles tivesse feito isso com você, talvez você não estaria dando uma de macho por aí, né?

Sammuel avançou na direção de Charles. Se perguntasse, ele não saberia dizer o que o fez cair na provocação. Talvez seja toda a irrealidade da situação: O fato de ninguém fazer nada, o fato de que haviam cabeças acenando em concordância com o discurso de Charles, ou ainda o fato de que aquele tipo de discurso estava se tornando cada vez mais forte. Ou tudo isso junto. Mas ele não aguentou apenas ouvir. Por isso avançou contra o homem armado.

O primeiro golpe foi um jab bem na ponta do nariz. Charles foi pego de surpresa e cambaleou quase indo ao chão. Charles cuspiu sangue, mas olhou de volta sorrindo.

Charles: Do que adianta se vestir de homem e continuar socando feito uma mulherzinha?! - Ele debochou.

Avançou contra Sammuel golpeando com a faca, mas o golpe foi facilmente evitado. Sendo quem era, os país de Sammuel sabiam, desde sempre, que ele iria precisar se defender e se impor durante toda a vida. Se impor mais do que qualquer um. Por isso, desde muito cedo, ele fez todo tipo de aula de defesa pessoal. Krav Magá, Muay Thai, Boxe e até mesmo Capoeira. Não foi de se espantar quando, com uma finta rápida, Sammuel evitou mais um golpe da faca de Charles e, com precisão, socou novamente no meio das costelas, fazendo o homem se encolher de dor.

Só que Charles reagiu com um coice, desajeitado, mas com muita força, que atingiu Sammuel bem na coxa, fazendo-o cambalear. Nesse um segundo, Charles girou golpeando com a faca. Sammuel fintou. Mas sentiu a lâmina cortando-o na barriga. Esperou a dor vir, mas ela não veio. Seria pela adrenalina? Nunca esteve numa briga real antes, então não saberia dizer. Mas aproveitou que o rosto de Charles estava completamente exposto para encaixar um cruzado certeiro no queixo.

O golpe faz o homem cair como uma pedra no chão. Sammuel chutou a lâmina para longe, mas estava claro que Charles não iria se levantar. Algumas pessoas começaram a aplaudir. Sammuel passou a mão pelo local atingido, esperando encontrar um corte. Esperando sentir a dor do ferimento. Mas, ao passar os dedos... Nada. Apenas a roupa rasgada e sangue. Mas, nenhum corte. Tentou entender, mas as pessoas aglomerando ao seu redor não deram muito espaço.

O jovem árabe se aproximou dele.

????: Muito, muito obrigado! - Ele disse com lágrimas nos olhos.

Sammuel: Qual é o seu nome?

????: Khalil. - Ele respondeu.

Sammuel: Khalil. - Repetiu. Depois, passou novamente a mão no lugar aonde o corte de faca deveria estar. Abriu um sorriso. - Não precisa agradecer. O importante é nunca deixar ninguém te ferir!
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Mensagem  Leo Rocha Sex Ago 24, 2018 12:13 pm

Arrow Sr. Cooper, podemos conversar um pouco?

Tyler se detém, deixando que seus colegas de classe saiam da sala, enquanto olha para o professor de direito tributário. O homem calvo e corpulento dá a volta na mesa e se aproxima dele, falando:

Arrow Suas notas são ótimas, mas gostaria de falar sobre sua postura nas aulas...

Tyler coloca a mão no ponto entre o nariz e as têmporas, como alguém bem entediado e diz

Arrow Olha, Sr. Michaels... Com o máximo de respeito que eu posso dar a um homem que fica assediando alunas em suas aulas... Eu quero dizer que essa conversa só vai fazer a gente perder tempo... Suas aulas são enfadonhas. Um exercício de pedantismo. E eu só as frequento porque elas são obrigatórias. Então, vamos manter as coisas de forma bem clara: eu finjo que o tolero e o senhor finge que me ensina algo, certo?

Arrow Meu jovem, esse comportamento é inaceitável!

Arrow O meu ou o seu? Podemos levar a questão ao reitor para decidir...

O homem olha Tyler nos olhos por um momento. A raiva e a vergonha tornando sua face rubra. Por fim, ele diz:

Arrow Está dispensado. Saia da minha sala agora.

Arrow Com prazer.

Tyler sai da sala com a expressão de alguém que perdeu preciosos minutos. Ele pensa que se sua vida fosse um filme, série ou mesmo livro, se alguém contasse sua história, que nessa hora alguém estaria esperando uma demonstração de seu poder e heroísmo, mas essa era a vida real, essa era a vida dele. E aqui não havia espaço pra heroísmo...
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Mensagem  Ricardo Sato Sex Ago 24, 2018 9:56 pm

Tanto havia ocorrido em tão pouco tempo...era verdade para os dois jovens que cruzavam caminhos vez ou outra no campus Walton,isso era verdade em suas vidas em geral e ainda mais nos últimos seis meses.Eles relembram coisas recentes sem saber que acontecimentos que pouco passavam por suas mentes teriam grandes consequências em suas vidas...as luzes, os homens estranhos que agora caminhavam pelo campus e muito mais que estava oculto.

--------------------------------

Sammuel lutava ao lado daqueles que se sentiam sozinhos mas também tinha as suas lutas, seus pais mesmo distantes haviam apoiado sua escolha de identidade mais até do que ele mesmo sabia, mas ficava claro que nada estava perfeito.Muitos alunos não estavam felizes com sua escolha e se achavam no direito a uma opinião em sua vida, mesmo os funcionários tinham diferenças, alguns apoiavam silenciosamente, alguns sequer tinham uma opinião, outros entretanto insistiam em ignorar ou hostilizar....não dava pra saber o que era pior, os olhares de desaprovação ou as provas que insistiam em vir endereçadas a "Samantha" apesar dos esforços até mesmo jurídicos de sua família.Nem tudo era ruim,sua namorada,o grande número de aliados de causa que havia encontrado e até mesmo coisas mais intangíveis como sua saúde, nos últimos meses ele se sentia melhor do que nunca, não havia tido sequer um gripe ou dor muscular, sentíasse mais disposto e animado.Mas o mundo insistia em mostrar sua face mais distorcida, preconceito, falta de informação, ódio cego, ignorância e falta de ação...daqueles que odiavam em silêncio e também daqueles que viam a sua frente o que sentiam ser erado e nada faziam....mas Sammuel não ficaria em silêncio.
Mais uma pessoa surgia a sua frente, só mesmo que rodeado de pessoas, ninguém agia além daqueles que lhe desejavam o mal,ofenças e desculpas esfarrapadas para ódio sem sentido, era um crime apenas SER algo?A violência começava...Sammuel estava acostumado aquele tipo de desenvolvimento mas não esperava que aquilo escalasse tão rápido, enquanto pessoas se afastavam seja de vergonha,para evitar confusão ou simplesmente porque a briga havia acabado sua mente não deixava de se perguntar uma coisa...onde estava o ferimento?

????: Muito, muito obrigado!

Sammuel: Qual é o seu nome?

????: Khalil.

Sammuel: Khalil. - Repetiu. Depois, passou novamente a mão no lugar aonde o corte de faca deveria estar. Abriu um sorriso. - Não precisa agradecer. O importante é nunca deixar ninguém te ferir!

O rapaz baixava os olhos em parte envergonhado de sua "covardia" em parte sem saber se seria capaz de reagir caso acontecesse de novo, ele havia de certa forma escapado desse tipo de coisa para uma "terra com mais liberdades" e era assim que era recebido,mas ao baixar os olhos ele se assusta.

Khalil-Sa...SANGUE!!!Você se feriu?...melhor irmos a enfermaria.

----------------------------------------------------------------------------------------------
Tyler se sentia pesado, os punhos cerrados , estava cansado de tudo...desse mundo onde todos se comprometiam, todos se encaixavam em moldes para manter uma casca de civilidade, onde estava a civilidade daquele policial?O professor estava a sua frente cumprindo seu papel naquela peça escolar querendo "colocá-lo na forma" como se realmente se importasse, mas Tyler sabia quem ele realmente era, o que fazia.Ele não era o poço de moral que tentava parecer, o jovem o confrontou quando ele tentou mudar sua forma de agir....mas será que ele tinha ficado feliz com o resultado?Por um lado ele havia "vencido" o argumento e tirado o professor da sua cola, mas por outro ele via mais uma pessoa se comprometer, ignorando o que achava certo com medo das aparências e consequências, como o governo esperava que ele fizesse.O jovem se sentia duro...pesado...não tanto quanto na noite das luzes mas mesmo assim ele se lembrou daquele dia, de acordar paralizado em sua cama e sentir-se incapaz de se mexer e de gritar enquanto ouvia o móvel ranger sob si.

Arrow Já disse que está dispensado senhor Cooper...

Disse o homem notavelmente ainda vermelho e sem paciência,tirando Tyler de seu estupor e o colocando em movimento.Ainda se sentia pesado mas nunca mais se sentiu paralizado por aquela sensação.Dando as costas para o homem, que ele também não fazia questão de continuar vendo ele se direciona a porta, passa por ela e pega a maçaneta para fechá-la a suas costas...entretanto ele sente algo estranho, como se alguma coisa cedesse sob seus dedos e se vira lentamente erguendo a mão.Abaixo ele vê a maçaneta de metal torcida e a marca de seus dedos nela.
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Mensagem  Lib Ter Ago 28, 2018 12:14 pm

Khalil: Sa...SANGUE!!! - O jovem pareceu entrar em pânico. - Você se feriu?!... Melhor irmos à enfermaria!

Sammuel: Não precisa! - Ele tentou esconder o borrão vermelho. - Eu estou bem... - Só que ele deveria estar? Tinha certeza de que foi atingido... O sangue estava ali para provar. Mesmo assim, não havia corte. Não havia nada. Pensando bem, lembrou que não se lembrava da última vez em que havia se machucado... Nenhuma gripe, corte, nem mesmo espinha! Nada. - Estou ótimo...

"Tem algo estranho acontecendo comigo..." pensou.
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Mensagem  Ricardo Sato Sex Ago 31, 2018 1:57 am

Sammuel demora um pouco mas consegue se esquivar de Khalil, não por causa de suas respostas, mas porque fica claro que Khalil é quem realmente precisa de ajuda ao retorcer-se e cuspir um pouco de sangue antes de quase cair com uma tontura...é impressionante que mesmo nesta situação a primeira coisa que ele fez foi se preocupar com Sammuel,talvez o rapaz fosse mesmo uma boa pessoa.Todos já haviam se afastado um pouco e os dois se encontravam sozinhos, estavam numa área mais afastada entre sua faculdade e a antiga escola de artes, a enfermaria mais próxima deveria ficar no recém aberto observatório....porém todos sabiam que aquela área sempre ficava cheia de turistas, a administração cansada das invasões dos "caçadores das luzes",decidiu lucrar com isso e abrir uma área de camping supervisionada próxima do observatório.Cabia a Sammuel decidir o que fazer...ou não.
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Mensagem  Lib Sex Ago 31, 2018 8:03 am

Sammuel: Não precisa! - Ele insistiu. - É sério.

Ia se esquivando. Só queria fugir daquela situação, e tentar entender o que estava acontecendo com o próprio corpo. Quando finalmente pareceu que iria conseguir escapar, ele escuta as violentas tosses de Khalil. Olha para trás e vê que o jovem está se contorcendo numa tosse violenta, e que tem sangue saindo de sua boca. O jovem cambaleou e pareceu que iria cair, mas Sammuel se adiantou e o apoiou.

Sammuel: Opa, opa, opa! Quem não tá legal aqui é você, Khal... Se importa se eu te chamar assim? - Disse tentando criar uma conexão. Era um movimento clássico e batido da cartilha, criar intimidade para a pessoa se sentir confortável. - Vamos. Vou te levar pra enfermaria.

Começaram a andar. A enfermaria ficava bem na área movimentada por turistas do campus. Lotada de gente que ficava indo de um lado ao outro para "investigar" o tal fenômeno. Sammuel viu até uma equipe de TV por lá algumas vezes. Não era o seu local favorito do campus... Nem de longe, mas foi levando Khalil até lá mesmo assim.
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Mensagem  Ricardo Sato Sex Ago 31, 2018 3:38 pm

Sammuel: Opa, opa, opa! Quem não tá legal aqui é você, Khal... Se importa se eu te chamar assim?

Khalil não responde mas da um tímido sorriso de concordância, que seria mais alegre se não fosse pelos dentes sujos de sangue e se deixa carregar.

- Vamos. Vou te levar pra enfermaria.

O caminho não era longo mas o passo dos dois era lento, logo ao passar por uma pequena colina já era possível ver o observatório Walton, era com certeza o prédio mais novo da faculdade com apenas cerca de 4 anos, era um edifício relativamente grande repleto de laboratórios diferentes, mas que acabava sendo conhecido por sua parte mais famosa...o observatório em si.O prédio ficava mais ou menos no meio da propriedade, na parte ainda tomada pelo bosque evitando as luzes da cidade que poderiam atrapalhar a visão do espaço dos alunos com equipamento bem mais limitado do que o do prédio em si.

Sammuel sabia que a enfermaria ficava numa das laterais do prédio e começou a descer a colina, foi quando algo lhe chamou a atenção, ao longe pelo menos dois mini bugs da segurança circundavam, e a área de camping estava cheia de pessoas....muito cheia,por mais que os locais das luzes atraíssem pessoas, o incidente da Walton já tinha 6 meses e o local era visitado mais como curiosidade, por pessoas interessadas que moravam perto e não tinham condições de seguir as luzes pelo mundo ou por "estudiosos" realmente fanáticos por tais lugares.Mas no momento o movimento parecia ainda maior do que a seis meses atrás, várias pessoas carregando pesadas mochilas procuravam lugar no chão.

Sammuel não pôde deixar de se perguntar o que havia ocorrido mas podia sentir a excitação no ar, ainda havia alguma distância para percorrer e a enfermaria agora já podia ser vista.






(off-faça um teste de FOCO pra mim no tópico de rolagens.....ps=não achei necessário rolar seu social pela situação do Khalil e por causa da sua empatia)
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Mensagem  Lib Qui Set 06, 2018 7:23 am

Os cabelos da nuca de Sammuel se eriçaram. Um arrepio peculiar que transmitia um desconforto absurdo. Parecia que estava sendo vigiado. E toda aquela confusão, todo o barulho e movimentação. Ele caminhava ajudando Khal, mas ouvia os pedaços de conversas. "Aconteceu de novo". Alguém disse. "Paris e Rio". O que estava acontecendo ali?!

Ainda assim, ele ignorou isso. Todo aquele circo não era o que ele queria, principalmente quando sentia que ele está para se tornar uma das atrações principais. Sem perceber, Sammuel escondia seu rosto das câmeras ou dos olhares curioso. Sabia que tinha algo estranho acontecendo, e sua mente já começava a se perguntar se as luzes não tinham relação com isso. Continuaram andando até a enfermaria.
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Mensagem  Ricardo Sato Qui Set 06, 2018 8:52 am

Uma única luz brilhava sobre aquela porta lateral que Sammuel sabia chegar a um corredor e dali a enfermaria em si.Por sorte os dois rapazes podem ver a silhueta de uma pessoa aparentemente trancando a porta ao sair, ainda bem que conseguiram a tempo.Ao se aproximarem eles podem ouvir uma voz feminina,bela mais claramente entendiada.

Olha,não estou interessada em brincar de casinha com turistas hoje...nem nunca,os laboratórios ficam fechados a noite e os plantões ficam nos prédios normais...

É quando a silhueta finalmente se vira de frente ao continuar ouvindo a aproximação e seus olhos demoram um segundo para notar que eram alunos feridos.A mulher não muda de expressão mas imediatamente começa a destrancar a porta.

Turismo do estranho(prólogos) Kyoko-pr

Me sigam...o que aconteceu?

Sammuel assim como aparentemente Khalil, reconhece a figura...Dra. Karen Willard era uma adição relativamente nova a faculdade Walton,a pouco mais do que 4 meses ela havia aceito uma posição na enfermaria do observatório e tanto sua beleza quanto o fato de que ela era aparentemente qualificada demais para a posição a tornaram motivo de rumores por muito tempo...sua postura fria porém havia afastado a maioria das perguntas pessoais desde então.

A doutora mostra o caminho e assim que liga as luzes da enfermaria pede que Khalil se deite na maca enquanto faz perguntas sobre o evento que causou os ferimentos além de colocar nas mãos de Sammuel uma prancheta com uma ficha de admissão que solicitava informações dos dois jovens, a doutora imediatamente havia dado prioridade vendo o estado de Khalil,mas o jovem tinha quase certeza de que ela havia notado o corte em sua camisa.

Agora,enquanto preenche este documento, poderia me contar o que aconteceu....senhor?

Com detalhes por favor, não seria prudente esconder nenhum detalhe neste momento...


Khalil parece estar quase perdendo a consciência e a doutora tenta mantê-lo acordado...estranhamente ela parece desconfiada de que Sammuel esteja escondendo informações sobre o caso.É quando a mulher faz um movimento mais brusco buscando um medicamento e sua própria prancheta cai ao chão e Sammuel pode vê-la por um instante antes que a doutora a recupere.

Lacerações,concussão,ematomas,inchaço,possível fratura óssea,queimaduras leves...
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Mensagem  Lib Qui Set 06, 2018 3:09 pm

Dra. Karen: Olha, não estou interessada em brincar de casinha com turistas hoje... Nem nunca, os laboratórios ficam fechados a noite e os plantões ficam nos prédios normais...

Sammuel: O quê? - Perguntou confuso. - Você não entendeu, nós...

A doutora se vira e finalmente percebe que os dois são simples estudantes. Ela continua com um olhar desinteressado, mas dá a volta e vai destrancando a porta, perguntando o que aconteceu.

Sammuel: Ele foi atacado. - Sammuel pensou por um segundo. - Na verdade não parecia grandes coisas. Só mais um desses valentões tentando compensar alguma coisa... - Sammuel continuava a caminhar ajudando o jovem ao seu lado, até chegarem na enfermaria. - Só que, depois disso, ele começou a passar mal. Eu trouxe ele o mais rápido que pude.

Colocaram Khalil numa maca e a Dra imediatamente entregou uma papelada para ser preenchida. Ao olhar para aqueles formulários, Sammuel coçou a cabeça. Tirando o nome, não sabia nada sobre o jovem. Não tinha como responder nada daquilo.

Dra. Karen: Agora, enquanto preenche este documento, poderia me contar o que aconteceu... Senhor?

Sammuel sentiu uma pontada de raiva frente à forma como a doutora se referiu a ele. Aquela velha indignação que subia e que fingia não sentir toda vez que coisas daquele tipo acontecia. Engoliu a raiva e voltou a ler o papel, tentando não dar atenção para a mulher. Mas, ao mesmo tempo, também sentiu os olhos da médica na mancha de sangue na camisa, por isso, apoiou a prancheta sob o local para disfarçar o corte.

Sammuel: Como eu disse, doutora. - Ele começou tentando não soar muito ríspido. - Eu vi um aglomerado de pessoas, e um dos alunos maiores do campus estava atacando o Khalil. Eu não vi muito. O Khalil já estava no chão quando eu cheguei. Que eu tenha visto, ele tomou um chute. Eu intervim antes que a coisa ficasse mais séria. O agressor veio na minha direção, mas eu parei o ataque e foi só. Logo depois, ele cuspiu sangue e foi ao chão. É tudo que eu sei.

A mulher ficou encarando-o de forma suspeita e, num movimento desajeitado, acabou por deixando a própria prancheta cair. Como num flash, Sammuel pode ver tudo. "Lacerações, concussão, ematomas, inchaço, possível fratura óssea, queimaduras leves".

Sammuel: Tá de sacanagem?! - Sammuel exclamou. - Queimadura? Fraturas? Ele apanhou tanto assim? - Sentiu um aperto no peito por ter diminuído a gravidade da situação e, ao mesmo tempo, uma revolta profunda por perceber o quanto o jovem já tinha apanhado e ninguém tinha ajudado até ele chegar. - Ele vai ficar bem?
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Mensagem  Ricardo Sato Qui Set 06, 2018 7:02 pm

Dra. Karen: Agora, enquanto preenche este documento, poderia me contar o que aconteceu... Senhor?

Sammuel: Como eu disse, doutora.- Eu vi um aglomerado de pessoas, e um dos alunos maiores do campus estava atacando o Khalil. Eu não vi muito. O Khalil já estava no chão quando eu cheguei. Que eu tenha visto, ele tomou um chute. Eu intervim antes que a coisa ficasse mais séria. O agressor veio na minha direção, mas eu parei o ataque e foi só. Logo depois, ele cuspiu sangue e foi ao chão. É tudo que eu sei.

A doutora levanta uma sombrancelha ao perceber o tom de voz ,a dificuldade em preencher o documento e principalmente a explicação simplista, embora suas mãos continuem em movimento de forma rápida e precisa.

Sinto dizer que as coisas não parecem ter sido tão simples... mas por agora se tiver dificuldades com o documento, pode começar pela ficha de visitante que está atrás....não sabe ao menos um contato familiar do jovem Khalil?

E mais uma coisa... defensivos não?Só estava te perguntando o seu nome, ou como espera que eu te chame até ter tempo de ler a ficha?


É quando a prancheta cai ao chão, o choque do que lê faz Sammuel nem sequer pensar naquela ação como mais do que um acidente ,um erro daquela mulher...aparentemente tão observadora e de movimentos tão precisos, com certeza não seria um teste de sua reação.

Sammuel: Tá de sacanagem?!- Queimadura? Fraturas? Ele apanhou tanto assim?- Ele vai ficar bem?

A mulher passa um segundo olhando para o rosto do jovem e sua expressão antes de se virar e passar duas simples correias da maca sobre Khalil.

É grave....mas aparentemente não temos risco de vida,os golpes não parecem ser muitos, mas a gravidade de alguns...
Mas venha, me ajude...tenho que retirar com cuidado está parte da camiseta e essa maca é muito simples, apenas uma maca de enfermaria.
Preciso que segure Khalil...com o risco de concussão prefiro não dar a ele uma anestesia forte.


Com cuidado a doutora pega suas luvas e equipamentos e começa a retirar uma parte da camisa que parece presa ao corpo de Khalil, o jovem grita de dor e ali logo sobre a costela direita inferior dele Sammuel pode ver uma mancha escura a princípio parece um grande ematoma de impacto mas a cor e as bolhas que se formam deixam claro que se trata de uma queimadura mais ou menos do tamanho de um punho.
Pelos próximos minutos a doutora retira os restos de tecido que estavam grudados e continua o tratamento e com os curativos no lugar se vira e começa a caminhar.

Vamos deixá-lo descançar, não há perigo,a fratura na costela não foi tão grave e a concussão foi leve...me siga até a ante sala e se sente,vamos dar uma olhada no seu corte agora.
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Mensagem  Leo Rocha Sáb Set 08, 2018 9:52 pm

Tyler tenta abrir a maçaneta da porta, mas sua mão passa através dela nas três primeiras tentativas. Na quarta vez, ele consegue segurar a maçaneta e a gira abrindo-a. Ele sai tão irritado de lá que não percebe o amassado que deixou na maçaneta.
Ele segue pelo campus pensando que mais uma vez perdeu o controle de seu corpo. Nos últimos dias, semanas, seu corpo tem mudado de densidade, sem, no entanto que ele tenha domínio desse fenômeno. Ele melhorou bastante no controle, mas ainda sofria quando se encontrava em alt o nível de stress.
Ele decide então seguir até o refeitório para comer algo, enquanto se prepararia para a prova que faria daqui a dois dias.
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Turismo do estranho(prólogos) Empty Re: Turismo do estranho(prólogos)

Mensagem  Ricardo Sato Dom Set 09, 2018 7:37 am

Tyler estava tendo um tempo bem difícil, seu corpo reagia de formas estranhas e já havia passado do ponto onde enganos e impressões poderiam explicar o que acontecia.E ele tinha razão, não parecia algo que ele pudesse completamente controlar, aquilo não vinha com manual de instruções e isso se fosse possível controlar, sem contar que quanto mais ele tentasse explorar aquilo mais chances de ser visto apareceriam, agora já era comum seus olhos começarem a esquadrinhar a área ao seu redor por sinais de pessoas que o pudessem ter visto, felizmente o corredor parecia vazio após a aula.Talvez vazio até demais....

Isso rapidamente mudou ao se aproximar do refeitório, uma verdadeira multidão parecia estar lá, felizmente ela estava agromerada mais a frente onde um telão ficava pendurado, era onde transmissões referentes a faculdade (docentes ou de cursos) eram projetadas periodicamente e no resto do tempo jornais, documentários ou música suave era transmitidos.Tyler pega algo para comer mas até mesmo a senhora do refeitório parece interessada no jornal e antes de ir até uma mesa ele passa mais próximo à tela e pode ver uma manchete se repetindo abaixo de um apresentador da BBC.


LUZES RETORNAM: CONFIRMADA NOVA APARIÇÃO DAS LUZES EM LOCAIS ONDE O INCIDENTE JÁ HAVIA ACONTECIDO.RIO DE JANEIRO E PARIS EM POLVOROSA.....
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Mensagem  Lib Qui Set 13, 2018 1:52 pm

Dra. Karen: E mais uma coisa... - Ela diz incisiva. - Defensivos não? Só estava te perguntando o seu nome, ou como espera que eu te chame até ter tempo de ler a ficha?

Sammuel não conseguiu evitar de corar. Estar sempre na defensiva era algo natural pra ele. Era inevitável sendo ele quem era. Só que isso significava estar se fechando para algumas pessoas que, talvez, não estivessem com má intenções, afinal.

Sammuel: Ele vai ficar bem? - Repetiu.

Dra. Karen: É grave... Mas aparentemente não temos risco de vida, os golpes não parecem ser muitos, mas a gravidade de alguns... Mas venha, me ajude... Tenho que retirar com cuidado está parte da camiseta e essa maca é muito simples, apenas uma maca de enfermaria. Preciso que segure Khalil... Com o risco de concussão prefiro não dar a ele uma anestesia forte.

Sammuel ajudou nos procedimentos de cuidados até, finalmente, afivelarem o jovem à maca.

Dra. Karen: Vamos deixá-lo descansar, não há perigo, a fratura na costela não foi tão grave e a concussão foi leve... Me siga até a ante sala e se sente, vamos dar uma olhada no seu corte agora.

Sammuel pensou em protestar, mais uma vez. Mas a médica estava decidida. Não era a primeira vez que ela pedia para ver o corte. E, além disso, era verdade, também, que ele não estava entendendo o que estava acontecendo. Talvez a ajuda de um médico pudesse mesmo ser útil. Ele levantou e foi ate a sala, sentou e levantou a camisa na altura do local em que o corte, supostamente, deveria estar.
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Mensagem  Leo Rocha Dom Set 16, 2018 8:54 am

"Luzes retornam.."

Tyler olha para o telão e as manchetes especulativas a respeito do fenômeno. Há um tempo atrás, ele acharia besteira aquilo tudo... Uma fuga idiota da realidade escrota em que todos nós vivemos... Mas ele agora estava envolvido em um mistério que poderia ter relação com aquilo... Seu corpo agora parecia ter mudado desde que ocorreram fenômenos parecidos com aquele...

Arrow Purê?

A mulher o tira de seus pensamentos. Ele olha pra ela e diz:

Arrow Pode ser... E coloca uma almondegas também...

Ele pega a bandeja, paga e segue até uma das mesas, onde se senta.
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Mensagem  Ricardo Sato Qui Set 20, 2018 6:11 am

Tyler olhava ao seu redor e via muitas pessoas empolgadas...aconteceria de novo ali ou não, nem todos os lugares tinham recebido o incidente outra vez, mas os dois últimos lugares onde havia acontecido duas vezes eram os dois lugares anteriores a Manchester.Duas coisas ele sabia, uma que a faculdade seria  centro das atrações por um tempo e dois, ele não teria se importado com aquela "distração' inútil" se não desconfiasse que aquilo tivesse algo com sua condição.Ele percebia também que não era o único a ter uma reação diferente da empolgação, ao redor do refeitório era possível ver algumas pessoas se afastando discretamente sem responder a notícia...ou talvez quem sabe em reação a ela, também era possível ver pessoas que nem sequer haviam se dado conta da tv.

Entre essas pessoas ele reconheceu Charles, um riquinho metido a bully de seu curso de Direto, ele parecia insandecido sem sequer olhar para seus arredores diferente de seu grupinho de "amigos" à frente da mesa, os punhos fechados e a face distorcida pelo ódio com um curativo, obviamente ele estava planejando algo e aquilo não seria bom e isso considerando que espancar minorias era o que ele considerava um hobby.

Turismo do estranho(prólogos) Latest?cb=20120322200742

Porém foi com ainda mais surpresa que ele achou reconhecer a figura encapuzada que saía do refeitório as pressas deixando um prato pela metade para trás, aquela mochila jens surrada e cheia de desenhos era muito familiar, seria Hannah?Uma garota da Sociologia, uma garota que faltava a semanas deixando mesmo suas amigas preocupadas sem ter notícias...uma garota que ele sabia ser uma entusiasta das luzes.

Turismo do estranho(prólogos) Hood_by_kuvshinov_ilya
----------------

Sammuel segue a doutora após um segundo de dúvida e se senta na ante-sala erguendo a camiseta e a senhorita Willard se apóia em um joelho com alguns medicamentos à mão e luvas.

Não precisa ter tanto receio, não deve ser nada muito ruim.....

A frase é cortada por um olhar desconfiado seguido que um exame manual delicado, a expressão da mulher quase não muda, mas o jovem era atento o bastante para perceber uma leve reação de surpresa....talvez até familiariedade.

...na verdade está cicatrizado.

Ela se ergue vai até o balcão pegando duas seringas vazias, uma pequena em forma de tubo para coletar amostras e outra que ela enche com um líquido de um frasco selado, depois ela se aproxima chamando a atenção primeiro para a seringa que havia acabado de encher.

Antibiótico, não sabemos a origem da instrumento de corte e é melhor não arriscar, levante a manga da camisa ...

E enquanto ela se aproxima ela também mostra a pequena seringa de amostras na outra mão.

... amostra de sangue.

Porém diferente do que seria o padrão ela ao invés de simplesmente tentar coletar a amostra por sí só, extende o objeto para entregá-lo nas mãos de Sammuel...quase como se perguntasse se o jovem iria querer entregar uma amostra.
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Mensagem  Lib Sex Set 21, 2018 12:21 pm

Dra. Karen: Antibiótico, não sabemos a origem da instrumento de corte e é melhor não arriscar, levante a manga da camisa ...

Sammuel: Wow, wow! - Sammuel levanta antes de ela aplicar a injeção. - Não precisa de nada disso... Pra começar, você nem sabe se eu sou alérgico! - Ele foi se levantando, tentando se esquivar. - Olha, você foi bem legal e prestativa, e eu adoraria ficar para tomarmos um chá ou algo assim, mas eu não curto agulhas e eu preciso mesmo ir.
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Mensagem  Ricardo Sato Sex Out 05, 2018 12:02 am

A doutora olha nos olhos de Sammuel por sobre seus óculos e guarda a agulha se virando de costas para o rapaz.

Sei bem que há coisas que temos medo de descobrir,na maioria das vezes seria melhor ter conhecimento mais cedo do que mais tarde...seus problemas não vão desaparecer só porque você quer isso,mas a escolha é sua.

A doutora ainda falando parece pegar uma caneta e um bloco de papel,ela escreve algo,dobra o papel e o deixa na bancada ao lado da porta,logo depois se afasta da porta e se dirige para o armário de onde havia retirado a seringa, no caminho pegando a prancheta com os documentos de entrada.

Só um conselho,já que se decidiu pela discrição,seja discreto até o fim,não chame atenção e não comente isso com ninguém.
Aquele papel na bancada tem o meu número, pegue ou deixe onde está,agora cai fora e seja discreto.

Karen pega um cigarro do bolso e um isqueiro para acendê-lo, não mais prestando atenção ao garoto.
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Mensagem  Lib Seg Out 08, 2018 9:10 am

Sammuel observa a mulher que fumava de costas pra ela. Uma solidão profunda pareceu cair sobre ele, mesmo que ele não soubesse o motivo e isso lhe soou terrível. Esticou a mão e pegou o papel com o telefone, sentindo sua textura por alguns momentos. Finalmente, sentiu que haviam lágrimas escorrendo pelos seus olhos.

Sammuel: Eu... - Soluçou. - Eu estou com medo...

Sentiu uma vontade desesperadora de correr até a Dra. Karen e abraçá-la, mas apenas respirou fundo, numa tentativa de afastar as lágrimas.

Sammuel: Tem algo acontecendo comigo... Eu sei que tem... E eu tenho medo de descobrir o que é... Eu já ouvi tantas pessoas me dizendo que eu sou uma aberração, mas e se agora eu me tornar uma, de fato? E se essas luzes fizeram algo errado comigo? Eu corro risco de vida? Eu não sei como lidar com essa sensação! Com esse medo... Eu não sei com quem eu posso contar, nem em quem confiar... É tudo tão terrível... Eu... Eu...

Finalmente ele corre e abraça a mulher. Ele não sabia como ela iria reagir, mas não conseguiu se segurar.

Sammuel: Eu... Eu me sinto sozinho o tempo todo, por vários motivos, e agora tem mais um!? Eu não sei mais se consigo ser forte...
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Mensagem  Ricardo Sato Ter Out 09, 2018 12:45 am

Sammuel começa a falar,seu coração batendo mais rápido pelo medo, a doutora se vira para ele e observa em silêncio durante sua fala,de repente o garoto corre e a abraça continuando a desabafar sentindo o corpo imóvel da doutora sem qualquer reação,quando ele acaba ainda soluça por duas vezes e a atmosfera começa a ficar constragedora e ele pensa em se afastar.Nesse momento a mão da doutora toca seus cabelos atrás da nuca em um movimento delicado e muito mais afável do que aquela mulher parecia capaz.

Você é uma boa criança....e isso é uma pena,ainda não sei o que posso lhe dizer e nem sequer se você poderia acreditar,mas ao menos vou tentar responder algumas de suas dúvidas.

Ela continua a se deixar abraçar,aquilo é ao mesmo tempo reconfortante e estranho já que impedia o rapaz de ver sua expressão e a voz monotônica da doutora não transparecia suas intenções.

Você tem toda razão de estar com medo, isso mostra que seus instintos estão no lugar certo,você não se tornou e eu acredito que jamais tenha sido uma aberração, as luzes não fizeram nada de "errado" com você, elas não são inerentemente boas ou más e sim você corre risco de vida, mas quase certamente não pelo que aconteceu ao seu corpo, isso não é uma doença.Você com certeza não está sozinho, outros estão passando pelo mesmo que você, quando conhecer alguns deles você encontrará uma família...outros vão te fazer desejar estar sozinho de um jeito ou do outro você terá de ser forte.

...Quanto a com quem você pode contar, essa é talvez a pergunta mais difícil...sua vida está em risco não por causa das luzes em si, mas pelo que vem com elas e pelos que buscam por elas...a sua vida assim como a de todos está em risco porque mesmo sem saber vocês estão no meio de uma guerra, uma guerra que vai te obrigar a escolher um lado entre vários possíveis.....

Doutora Karen para por um segundo como se decidindo se seria prudente dizer o resto da frase antes de prosseguir.

...e eu não sou diferente, eu escolhi um lado...a diferença é que ao contrário dos outros eu vou te dar a chance de escolher.
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Mensagem  Leo Rocha Seg Out 15, 2018 10:27 am

Tyler pensava na correlação entre os incidentes e as mudanças em seu corpo e na rotina da escola quando notou os dois alunos.
Charles era o pedaço de merda que ele adoraria amassar com seu sapato. Cinco minutos numa luta com ele e esse lixo deixaria de ser uma mácula na sociedade... Mas ele não era quem mais lhe chamava a atenção no momento...
Hanna levantava e Tyler decidira rapidamente segui-la. Ele ainda não sabia bem porque, mas achava que talvez, pelo comportamento errático da garota, eles estivessem vivenciando algo parecido. Ele a seguiria até o momento em que ele o notasse. Nessa hora ele levantaria a mão e diria:

Arrow Hanna, certo? Acho que a gente podia sentar e bater um papo. Tem umas coisas que mudaram bastante por aqui desde as luzes e a gente não tem tido muito espaço pra conversar longe desse monte de curioso. E aí? Topa?
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Mensagem  Lib Ter Out 16, 2018 6:28 am

Dra Karen: Quanto a com quem você pode contar, essa é talvez a pergunta mais difícil... Sua vida está em risco não por causa das luzes em si, mas pelo que vem com elas e pelos que buscam por elas... A sua vida assim como a de todos está em risco porque mesmo sem saber vocês estão no meio de uma guerra, uma guerra que vai te obrigar a escolher um lado entre vários possíveis... - Doutora Karen para por um segundo como se decidindo se seria prudente dizer o resto da frase antes de prosseguir. -...e eu não sou diferente, eu escolhi um lado... A diferença é que ao contrário dos outros eu vou te dar a chance de escolher.

Sammuel ainda a abraçava. Sentia o cheiro do seu perfume, misturado com os odores típicos de alguém que passa muito tempo em alas de enfermaria. Era um cheiro bom e quase hipnotizante. Mesmo assim, as palavras da doutora o despertaram do transe como um tapa. Ele se afastou um pouco e a olhou nos olhos, ainda com lágrimas borrando seu rosto.

Sammuel: Lados? - Perguntou confuso. - O que quer dizer?
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Mensagem  Ricardo Sato Ter Out 16, 2018 11:06 pm

Tyler Cooper

Tyler caminha apressadamente seguindo o ritmo da garota que meio corre,meio tenta parecer andar normalmente,ela a princípio se foca em sair dali e aparenta não estar prestando muita atenção mas assim que consegue alguma distância ela põe a mão na parede e com um sobressalto parece perceber como estava sendo imprudente.

Arrow Hanna, certo? Acho que a gente podia sentar e bater um papo. Tem umas coisas que mudaram bastante por aqui desde as luzes e a gente não tem tido muito espaço pra conversar longe desse monte de curioso. E aí? Topa?

Ela imediatamente se vira e seus olhos se arregalam ao perceber o corredor vazio e o rapaz que parecia ter vindo atrás dela,num movimento que pega Tyler de surpresa ela rapidamente coloca a mão que estava na parede atrás das costas como se escondesse algo mas logo tenta parecer casual...tenta.

Co...Cooper?O..O que você quer?

É faz um tempo sim...mas eu estou um pouco ocupada,muitos trabalhos,talvez outra hora....


Hannah parece lutar entre o desejo de querer partir e o de não dar as costas a Tyler mas não tira os olhos dele, uma coisa é certa, ela está com medo, sua demora em partir porém dá ao rapaz a chance de continuar a conversa.

------------------------------------------------------------------------------------------
Sammuel Chambers

Sammuel: Lados? - O que quer dizer?

A doutora apenas deixa Sammuel se afastar, a mão que estava em sua nuca desliza para o seu ombro até que ele se afasta demais, Karen se recosta no balcão de remédios e o observa por uns instantes.

É meio difícil de explicar,ou melhor, é algo difícil de se entender...talvez eu deva lhe mostrar algumas coisas primeiro.

Os olhos da doutora dão a impressão de brilhar levemente por um segundo e é com absoluta surpresa que Chambers vê uma bacia de metal voar para a mão agora extendida da mulher para no instante seguinte de forma absurdamente veloz ser esmagada e tomar a forma de uma esfera perfeita e polida não maior do que uma moeda.

Nasci na escócia há 35 anos e já nasci com essa habilidade e com certeza isso foi resultado das luzes...porém você deve ter percebido que a matemática não bate, as luzes acontecem há 10 ou no máximo 15 anos,então como poderia ser possível?Essa é uma história bem difícil de acreditar mas que você terá de ouvir.

A doutora pega a esfera que flutuava no ar e faz sinal para que o garoto encoste a porta.

Eu não nasci na sua Escócia...na sua Terra, de fato nós chamamos a sua casa de Quarta Terra, porque é a quarta vez que o inimigo começa uma invasão, a minha foi a terceira e a cada vez eles ficam melhores nisso.Eles até onde descobrimos, são um povo banido em seu próprio mundo, conquistadores poderosos e brutais que levaram um universo inteiro a se unir para pará-los, eles foram isolados em seu próprio mundo natal,um planeta destroçado por seu próprio abuso, teoricamente para jamais ser uma ameaça de novo.Porém eles encontraram algo no fundo da terra em seu desespero por recursos e vingança, uma forma de energia que eles não entendem completamente mas que os permitiu fugir não para o espaço mas para "os lados"...para outros mundos,usando isso eles logo fizeram uma invasão de grande escala ao novo mundo ignorante de sua existência.As luzes abriram o céu e eles atacaram...porém uma coisa inesperada aconteceu,muitos habitantes daquele mundo mostraram habilidades extraordinárias, a maioria descontroladas e que causaram perdas enormes ao exército invasor.Quando eles descobriram que não estavam no mesmo universo de seus inmigos e que podiam usar as luzes para atingir outros lugares eles atacaram pela segunda vez apenas para encontrar o mesmo problema que na primeira...um mundo cheio de seres poderosos,logo eles descobriram que as luzes que lhes permitiam passagem também eram as responsáveis por alterar os habitantes desses outros universos.

Quando chegou a vez do meu mundo sua estratégia já era diferente,pequenas incurssões a princípio aleatórias pois não era possível saber onde as luzes abririam passagem,depois de algum tempo buscando informações e trazendo tecnologia eles passaram a caçar os afetados os matando ou corrompendo e prepararam melhor sua chegada se infiltrando e destruindo nossas defesas,com os equipamentos trazidos de lá nas primeiras viagens eles passam a controlar onde as luzes abrirão as portas, fazendo isso em pontos que julgam estratégicos isso é geralmente quando as luzes aparecem em lugares pela segunda vez......

E assim chegamos ao ponto: governos locais desesperados para saber o que acontece e controlar a informação com suas agências secretas, as forças invasoras buscando matar ou recrutar pessoas como você enquanto preparam a real invasão, as pessoas comuns ignorantes a tudo e facilmente levadas a violência pelo pânico e nós que perdemos nossos mundos e estamos dispostos a retaliar formamos....lados.

É mais ou menos isso,como eu disse uma história bem difícil de engolir,mas infelizmente não menos verdadeira.Nós buscamos atrapalhar os planos deles enquanto tentamos chegar a novos afetados para recrutá-los...infelizmente considerando que nem todos podem ser confiavéis seja por medo,ganância ou simples falta de caratér, que nossos recursos são limitados e que temos inimigos em todo lugar, nos temos de ser bastante cuidadosos com quem tentamos recrutar...além de infelizmente não podermos disperdiçar recursos com ninguém além de nossos agentes.

Você foi uma surpresa, tenho alguém de olho em algumas pessoas que andam chamando a atenção e também tenho ficado atenta as outras facções mas até onde sei ninguém estava atrás de você....você teve sorte,ainda tem algum tempo,mas saiba que esse tempo é curto, a medida que fica mais forte e que formas melhores de se rastrear sejam usadas e elas logo serão, tudo ficará mais perigoso.


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Kent Fowlett

Kent vinha tendo uma vida fácil, nos últimos tempos talvez ainda mais, desde que as luzes lhe deram mais uma habilidade, uma habilidade certas vezes difícil de se controlar e não exatamente confiável.Mas embora muito de sua fama pudesse ter origem em sua posição social tolo seria aquele que ignorasse o seu talento, onde muitos teriam perdido a razão o herdeiro dos Fowlett adquiriu uma nova oportunidade, dia após dia, mais e mais ele se tornava indispensável ao time atraíndo a atenção de olheiros espalhados por Manchester.Dia após dia sua posição como líder de classe e estrela da escola crescia apesar do pouco tempo que estava ali....e ele aproveitava este tempo,não pensando muito no futuro e se deleitando em seu pequeno mundo de fama,afinal porque pensar num futuro que já estava definido,futebol e culinária não seriam o seu destino,para sempre relegadas a uma posição de entretenimento aos olhos de seus pais.

Mais um treino terminava cercado de grupos de fãs,o número de garotas ali havia aumentado e em sua mente Kent acreditava em um único motivo para isso...ele mesmo,hoje porém as coisas estavam calmas,talvez calmas demais, ainda mais depois de seus 4 gols, alguns vindos de chutes que deveriam ser quase impossíveis, claro que a ausência de Charles,o antigo goleador do time e babaca de plantão sempre deixava as coisas mais calmas,mas onde estavam os gritos das garotas apaixonadas?Todos ao redor se afastavam ou estavam vidrados em seus celulares com excessão de alguns adultos....olheiros talvez,eles certamente estavam prestando muita atenção em Fowlett.Mas não que o rapaz fosse admitir isso, algo naqueles homens altos de terno e óculos escuros lhe dava calafrios na espinha e a intensidade de seus olhares fazia com que ele desviasse os olhos.

Pete-E aí Fowlett,parabéns.... já viu isso?Amanda me mandou...

Peter Atckison,velho conhecido e herdeiro de uma empresa de comunicações, não dava pra saber se eram realmente amigos ou não, afinal aquilo era mais como um contrato social, seus pais eram parceiros de negócios 'a muitos anos e membros do mesmo clube de elite, os dois garotos se conheciam desde sempre por causa disso, era natural andarem juntos agora que estavam longe de casa na faculdade, mas era difícil saber se eles se falavam por que queriam ou porque era o que seus pais esperavam deles.

Na tela do celular de última geração apresentado a Kent por Pete estava a notícia que parecia estar roubando sua luz de palco.

Cientistas e turistas começam vigília em Manchester,luzes podem voltar.

O garoto começa então a ver o vídeo, mas a sensção de estar sendo observado ainda arde em sua nuca...

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Mensagem  Lib Ter Out 23, 2018 6:35 am

Enquanto a doutora ia falando, Sammuel sentia um mix de emoções. Primeiro ficou intrigado... Depois, confuso. Em certo ponto, ficou revoltado, tinha certeza de que a doutora estava só zombando de seus medos e isso fez com que tivesse vontade de levantar e sair daquele lugar. Então, sentiu a verdade nas palavras da mulher. Em meio ao caos de palavras, havia a emoção nas palavras dela. Uma emoção que Sammuel já ouviu antes, conversando com pessoas que passaram por situações de perda e dor.

Ele sabia, lá no fundo, que a mulher acreditava nas coisas que estava dizendo.

Respirou fundo.

Sammuel: Tá. - Respondeu lacônico. - Doutora... - Parou, olhou no fundo dos olhos da mulher. - Karen... O que eu posso fazer para te ajudar?
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