Cap 0 - A Capa Vermelha
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Cap 0 - A Capa Vermelha
[Acessando Banco de Dados]
[Acesso: História]
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"Eram tempos prósperos os tempos onde nos lançamos às estrelas. Tempos onde Krypton desbravava os planetas e as galáxias com fragatas espaciais, erguendo nossa bandeira em colônias ao redor dos sistemas solares, mapeando corpos celestes e estudando cuidadosamente as maravilhas de outros mundos.
Nossa tecnologia era avançada, e novas descobertas científicas eram anunciadas diariamente. Breve não haveriam doenças, nem fome. A criminalidade diminuía e todo o planeta caminhava para se tornar uma utopia pacífica. A pérola do universo. Sim, essa era Krypton. Abençoada por Rao - O Criador e o sol que nos aquece - Krypton funcionava como um mecanismo perfeito. Um relógio cujas engrenagens estão perfeitamente calibradas. Cada um desempenhava a função para a qual nasceu: Políticos, Cientistas, Militares, Artistas, Sacerdotes e Trabalhadores. Era essa a engrenagem que movia o planeta.
Naquela época, o Conselho chegou a crer que duraria para sempre..."
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[Acesso: Rebelião de Jax-Ur]
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"General Jax-Ur mudou para sempre a história de Krypton, não apenas por ter riscado os céus com seus temíveis armas - os Dardos-Nova - e ter destruído Wegthor, uma das luas de Krypton, mas por ter levantado armas contra o sistema vingente do Conselho. Ele acusava o Conselho de ser fraco e corrupto, e decidiu que era hora do governo de Krypton ser regido pela casta militar. Infelizmente, muitos concordaram com ele.[Acesso: Rebelião de Jax-Ur]
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Temendo o poder dos Dardos-Nova de Jax-Ur, muitas das cidades estados de Krypton - como Argo e Borga - negaram apoio à capital, Kandor, e Jax-Ur depoz o conselho. Os militares instalaram o regime de guerra e a casta científica foi forçada a trabalhar na produção em massa de mais Dardos-Nova e desenvolvimento de novas armas ainda mais terríveis.
A tirania de Jax-Ur só foi cessada quando algumas das mais proeminentes e influentes Casas de Krypton se uniram, trabalhando juntos e investindo juntos, eles conseguiram unir os militares que não eram à favor das ideias radicais e tiranas do déspota Jax-Ur. Mas, não apenas isso, essas Casas conseguiram unir todas as castas de Krypton na empreitada de derrubar Jax-Ur. Trabalhadores, Artistas, Cientistas, Militares e Sacerdotes. A batalha que se seguiu entrou para a história como "A Batalha dos 7 Exércitos". Cada exército liderado por um Lorde das Casas. Entre os mais influentes na batalha, citam-se: Pol-Us (da Casa de Us), Kol-Ar (da Casa de Ar) e Sor-El (da Casa de El).”
????: Já chega disso!
O display que flutuava diante de todos se apagou repentinamente, deixando a sala numa súbita escuridão momentânea. Quando a luz voltou, foi preciso contrair os olhos que já estavam adaptados à parca e oscilante luz do display.
Se olhassem ao redor, os homens naquela sala viriam um ambiente pouco convidativo. Não haviam lugares para sentar e poucos detalhes com o que focar a atenção. Um grande painel de cristais translúcidos chamava a atenção sob o display, mas o resto da sala possuía uma cor escura e fosca. Também viriam que não haviam muitos ali com eles. 10... Talvez 15, no máximo. Todos vestidos com trajes reforçados de kevlar de karbono - uma variedade, eles sabiam, muito mais leve e resistente - bolsos de munições. E, é claro, a capa vermelha.
????: Senhores... - O homem de cabelos grisalhos caminhava com passos curtos e compassados. Sua voz era áspera e severa, como se estivesse dando ordens. Para quem estava acostumado com uma vida militar, não era nada com o que não tivesse lidado uma centena de vezes antes. - Eu não preciso lhes contar nada disso, não é? Vocês sabem disso porque, afinal, essa é a razão para vocês estarem aqui hoje. Vocês são o reflexo do que restou dos "Sete Exércitos".
O homem olhava cada um nos olhos com uma expressão severa, porém curiosamente satisfeita, no rosto.
????: Senhores, eu sou General Tor-Ar. - Ele aguardou um momento para ver se alguém identificava a grandiosidade de seu nome. - Sim, meu pai foi Kol-Ar. Ele lutou contra Jax-Ur. Mais do que isso: ele deu sua vida naquela grande batalha.
O homem fez um breve silêncio, em sua memória, lembranças do pai o invadiam como num filme. Ele respirou fundo.
General Ar: Aquela batalha, senhores, mudou tudo. - Ele disse em tom austero. - O Conselho baniu as viagens extra-planetárias, para evitar que novas armas tão terríveis quanto os Dardos-Nova fossem criadas, o Conselho proibiu pesquisas militares. Foi instituída a "Comissão para Avaliação de Tecnologia e Ciência", que supervisiona e avalia o potencial de perigo de todas as pesquisas científicas de Krypton. E, acreditem, senhores, nos 30 anos de atividade do conselho, mais de 800 invenções potencialmente perigosas foram banidas. - Ele sorriu orgulhoso. - O conselho luta por um Krypton seguro, senhores. E vamos conseguir isso.
Um homem entrou na sala de forma silenciosa, caminhando despretensiosamente, vestido exatamente como todos os outros ali na sala, sua capa vermelha esvoaçava de forma quase magistral a cada passo. Ele ficou de pé ao lado do General Ar e sorriu ao encarar cada um lá dentro. O General não parece prestar atenção nele.
General Ar: Vocês, senhores, fazem parte dos esforços para a conquista dessa Krypton pacífica. O reconhecimento do Conselho aos ideias plantados no dia em que meu pai e os outros nobres marcharam contra a tirania. - Ele bateu continência, batendo a bota contra o chão com tanta força que o som ecoou pelas parede. - E eu os saúdo por isso.
Todos na sala responderam à continência simultaneamente. Uma sincronia perfeita que fez o homem ao lado do General sorrir.
General Ar: Agora, senhores, apresento vocês ao Capitão Ter. - O homem deu um passo à frente. - Ele foi nomeado pelo conselho como Capitão da unidade, e está mais do que preparado para responder e instruí-los de todas as informações necessárias.
Depois de dizer tais palavras, o General Ar virou as costas em silêncio e deixou a pequena sala. Capitão Ter o acompanhou com os olhos, também sem dizer nada, e só voltou a olhar para todos depois que o General saiu e a porta automática se fechou atrás dele.
Capitão Ter: Bom dia, senhores... - Ele disse sorrindo. - Eu estou muito feliz em poder recebê-los aqui, nesta manhã. - Ele respirou fundo antes de voltar a falar. - Senhores, meu nome é Capitão Lok-Ter, como o General adiantou, fui designado para essa unidade: A "RED CAPE".
Todos olharam ao redor, encarando as capas vermelhas um dos outros.
Capitão Ter: Isso mesmo, senhores. - Ele riu. - Por isso as capas. - Ele voltou a ficar sério. - Somos a primeira unidade de castas mistas do exército de Krypton. O conselho decidiu honrar à memória do exército que derrubou Jax-Ur - um exército misto - criando uma unidade militar que não fosse limitada pelas castas. - Ele pareceu orgulhoso enquanto falava. - E, mais uma coisa, somos a primeira unidade em todo o planeta com a tarefa de busca e resgate. Repito: Busca e Resgate.
Ele passou a caminhar de um lado para o outro com passos firmes e sua capa dançava com seus movimentos.
Capitão Ter: Isso significa que, se alguém estiver perdido, nós vamos encontrá-lo. Se alguém estiver no meio do fogo incandescente de Rao, nós vamos tirar ele de lá. Se alguém estiver caindo até o centro do planeta, vamos estar lá com um colchão para que ele não se machuque na queda. Isso está claro pra vocês, senhores?
Todos: Sim, senhor!
Capitão Ter: Muito bom... - Ele sorriu. - Vocês são os primeiros de um legado: a Capa Vermelha. Prestem atenção nela. Ela representará a nossa luta. Somente os melhores homens e mulheres poderão ter a honra de usar essa capa. Por que? Porque ela representa muito mais do que uma capa! Tem um motivo para usarmos elas: em meio à escuridão, ao caos e o medo, essa capa será uma bandeira. Será vista por todo aquele que está perdido e que tem medo. - Ele ergueu a voz e pareceu olhar diretamente nos olhos de cada um dos homens naquela sala. - Essa capa, senhores, será um símbolo de esperança. Um símbolo para qualquer um que a vir. E não importa quanto tempo se passe, ou que tragédias caiam sob nosso povo, enquanto um kryptoniano usar essa capa vermelha, todos sempre irão ter a certeza que haverá alguém lutando para ajudar a quem precisa.
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